Por onde andam nossas apostas?

Saiba pode onde andam os nomes que estavam nos nossos palpites como os que se destacariam em 2012, como Lana Del Rey

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Há alguns meses, publicamos artistas e gêneros que são nossas apostas para 2012. Chegando à metade do ano, decidimos que era a hora de checar o que já aconteceu com cada um deles – sabendo que o segundo semestre pode mudar todo o jogo. Confira:

A Musa Lana Del Rey

Born to Die foi um disco bem vendido e, logo de cara, atingiu boas posições nas paradas. Porém, tão efêmera quanto o disco, a hype foi passageira. A velha discussão beleza X talento ainda continua: será que Lana Del Rey conseguiu todo aquele buzz inicial somente por ser bonita ou por ter realmente algo a acrescentar à música Pop? Eu diria que sua aparência ainda consegue ser mais atrativa que sua música.

Esse disco foi um divisor de águas em sua carreira. Muitos dos recém-adoradores passaram a tratar seu som com indiferença e muitos que nunca tinham ouvido falar da moça começaram a segui-la. Desde então, Lana apareceu em tudo que é programa de TV e capas de revista, ganhou remix do Mark Foster, “vazou” faixas em desfiles, fez comercial de bolsas, teve música colocada em comercias de café, foi alvo de fofocas e ainda fez uma ótima colaboração com Bobby Womack.

Ela ainda consegue se manter na mídia e, cada vez mais, prova que sabe fazer músicas do estilo “Lana Del Rey”, visto a última faixa que lançou e que se apresenta como qualquer outra do seu primeiro disco. Ela ainda não conseguiu achar seu lugar no Pop atual, mas seu som retrô está conseguindo chegar ao mainstream e já superou o Indie Pop há muito tempo (se é que um dia ela já foi Indie).

Folk

O Folk vai muito bem, obrigado. Esse é um gênero que nunca perdeu a atenção de seus ouvintes, mesmo que nem sempre tenha uma grande força representativa no mainstream, e continua por aí gerando bons artistas. O Brasil, mais especificamente São Paulo, tem visto uma cena do estilo crescendo cada vez mais. No mês de abril, por exemplo, aconteceu a segunda edição do All Folks Fest, evento que reuniu novos nomes desta cena.

Entre nossas apostas para este ano, estava o paulista Phillip Long, que só em 2012 já lançou dois ótimos discos, Caiçara e Dancing With Fire, e já tem mais um em processo de gravação. Com isso, o inquieto músico de Araras tem se firmado nesse cenário como um de seus grandes nomes. Outra de nossas apostas,Tiago Iorc, vem excursionando pelo país divulgando seu novo disco Umbilical e fazendo grandes apresentações.

Shallow Bed do Dry The River foi um dos melhores discos que resenhamos este ano. A banda consegue unir a emoção do Folk à energia do Rock inglês muito bem. O grupo está agora excursionando pela Europa e já tem presença confirmada no Line-Up do Lollapalozza Chicago. A Mumford & Sons é uma velha promessa já concretizada que ainda não se teve novidades muito “concretizadas” em 2012. O segundo disco da banda sairá somente em setembro, mas já foram apresentadas duas músicas novas no festival SXSW em março e nós já estamos ansiosos desde então.

Ainda no território Folk, nos deparamos com mais algumas surpresas no meio do caminho. Uma delas é o garoto prodígio Phillip Nutt, que já está sobre forte olhar dos nossos radares; e porque não falar da The Lumineers? Esta banda nos pegou de surpresa apresentando um ótimo disco de estreia com suas músicas contagiantes e sinceras.

The Maccabees e o Indie Rock

Given to The Wild é, sem dúvidas, o melhor álbum do The Maccabees até agora. Além de abraçar o Indie Rock, ele conseguiu trazer diversos elementos do Post-Rock em composições etéreas e belos arranjos. O álbum estreou no topo das paradas e se sustentou lá por algumas semanas; A banda ainda foi capa da revista inglesa NME, lançou alguns clipes e está em turnê desde então. Até agora, nenhum indicio de passagem pelo Brasil, mas nós continuamos na torcida.

O Howler teve um começo de ano bem agitado, após o lançamento de America Give Up, a banda começou uma intensa turnê mundial e ainda fez dois shows no Brasil. Durante sua curta passagem pelo país, a banda ainda gravou o Costella Live Sessions com Chuck Hipolitho.

Continuamos aguardando mais notícias do Modest Mouse, ainda não temos nenhuma informação concreta sobre novo álbum ou EP, mas, pelo menos, três músicas novas já foram mostradas em um festival para animar os fãs.

A volta de Los Hermanos e o solo de Rodrigo Amarante

Uma banda que não passa despercebida por ninguém é a Los Hermanos. Você pode amá-la ou odiá-la, mas nunca vai ser indiferente a banda. Nos últimos dois meses, o quarteto viajou pelo Brasil em uma curta turnê que comemorava seus 15 anos e que levou aos seus fervorosos fãs apresentações recheadas de hits e emoção. Infelizmente, a banda não deu nenhum sinal de saída do hiato e, ao que tudo indica, cada integrante vai continuar sua carreira paralela por mais um tempo antes de outro sinal de vida de material inédito.

Marcelo Camelo já tem uma carreira solo consolidada e Rodrigo Amarante começa a dar seus primeiros passos nessa direção só agora. Durante os shows dos Hermanos, o músico soltou as primeiras músicas que vão formar seu disco e suas apresentações solo também revelaram mais faixas novas. Mais uma promessa que ainda não se concretizou, mas já aponta para um bom caminho.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts