Catorze Discos de Março Selecionados pelo Monkeybuzz

Thundercat, Spoon e Dirty Projectors estão na lista

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Thundercat – Drunk

“Thundercat é um baixista virtuoso, e isso traz algumas implicações muito originais à sua música. Em primeiro lugar, suas melodias deslizantes e pungentes parecem soar sempre em segundo plano, disfarçado em um território indistinto no qual ouvidos leigos provavelmente classificariam como puro feeling. Em segundo, dada a sua habilidade com o instrumento, debulhando suas cordas da maneira como faz, ficaria fácil elencá-lo como um entre os grandes jazzistas eruditos” (Leia a resenha completa)

Blonde Redhead – 3 O’Clock EP

“Seria difícil imaginar que um trabalho pequeno comparado ao restante da carreira de Blonde Redhead pudesse trazer grandes surpresas musicais ao grupo. No entanto, ao longo de agradáveis 21 minutos – que entram em loop facilmente -, somos convidados a quase reaprender o que sabíamos e imaginávamos sobre o grupo” (Leia a resenha completa).

Depeche Mode – Spirit

“A abordagem sonora padrão do grupo, 100% Eletrônica, está a serviço das palavras em Spirit. E as letras compostas por David Gahan e Martin Gore são verdadeiras cacetadas no “estado das coisas”, sem poupar nem mesmo seus fãs durante este processo. Num mundo politicamente correto, no qual a mídia estabelece parâmetros calcados no consumo exacerbado de tudo, como manda a cartilha do neoliberalismo, o grupo questiona as possibilidades de insurreição diante do que vivemos hoje” (Leia a resenha completa)

Pessoas que Eu Conheço – Uma Carta de Amor para a Sega

“Fundador do selo 40%Foda/Maneiríssimo, o produtor usa samples muito característicos para criar um EP que, apesar de curto, transmite com nostalgia e competência um sentimento de que estes jogos fazem parte de quem Lucas é hoje. Nele, há momentos mais dinâmicos e agitados, como a faixa 005, que remetem àquela sensação típica de jogos de luta como Street Fighter II” (Leia a resenha completa)

Dams of the West – Youngish American

“Este disco é uma simpática prova de talento e opção por uma canção Pop e elaborada, calcada em boas influências e tratadas com carinho. Tudo é feito para oferecer chance ao ouvinte de fazer cara de surpresa e soltar sua mente para vagar dentro das faixas. Uma beleza de estreia” (Leia a resenha completa)

Oddisee – The Iceberg

“Oddisee, rapper de família sudanesa e nascido em Washington D.C, já tinha motivos para ser politizado em um país conhecido pelos problemas raciais. Se outros artistas se posicionaram e construíram obras poderosas ao redor do tema recentemente, como Kendrick Lamar, Solange e Blood Orange, Oddisee parece vislumbrá-lo de outra forma” (Leia a resenha completa)

Spoon – Hot Thoughts

“Spoon é banda talentosa e virtuosa, domina os ensinamentos dos mestres e soa moderna, urgente, afiada. Seu novo disco vai direto para a galeria dos melhores de sua carreira e do ano” (Leia a resenha completa)

King Gizzard and the Lizard Wizard – Flying Microtonal Banana

Flying Microtonal Banana é mais comprovação de que King Gizzard… traz vivo o espírito do experimentalismo para sua obra, no sentido da inovação pela e constante. Segundo a banda, podemos esperar mais quatro lançamentos em 2017 e, se basearmos nossas previsões neste último trabalho, podemos esperar discos cada vez mais ousados e fora das zonas de conforto de cada um” (Leia a resenha completa)

Cosmo Pyke – Just Cosmo

“Aos dezoito anos de idade, o jovem londrino trafega pelas carreiras de modelo, artista plástico e músico com aquela sensação de invencibilidade que apenas a passagem da adolescência para a vida adulta, na qual o mundo inteiro espera diante de nós para ser desvendado, pode proporcionar” (Leia a resenha completa)

Ronald Bruner, Jr. – Triumph

“De acordo com as formas mais recentes do Jazz, a musicalidade que surge neste álbum está longe de viver à base de intermináveis solos e demonstrações de habilidade. Claro, elas estão presentes como traço definidor do estilo, mas não há preponderância delas em nenhum momento, impedindo o tédio após certo tempo de audição” (Leia a resenha completa)

Tennis – Yours Conditionally

“É impossível não ver as virtudes que canções como In The Morning I’ll Be Better e Ladies Don’t Play Guitar possuem. Refrãos grudentos, bom trabalho de guitarra – a cargo de Patrick – aquela eletrônica de fundo de quintal conferindo improviso e baixo orçamento a tudo e, sob esta camada de adereços, baitas melodias Pop douradas, de almanaque, como manda o figurino” (Leia a resenha completa)

Temples – Volcano

“Uma audição mergulhada no chantilly sintético de Volcano vai ser uma tarefa fácil e recompensadora para aqueles que optarem por cumpri-la” (Leia a resenha completa)

Grandaddy – Last Place

“Este álbum de Grandaddy surge como uma pequena bola de gude melódica, um brinquedo lírico, uma joia delicada, talvez vinda de um outro tempo e espaço. A esquisitice da banda acaba perdendo para a harmonia e o clima plácido que se instala ao longo da audição. Refrescante, aromático e cheio de predicados que vão além da audição” (Leia a resenha completa)

Dirty Projectors – Dirty Projectors

“Embora ainda possa ser cansativo acompanhar a mente ansiosa de Longstreth e suas evoluções harmônicas de montanha-russa, seu novo trabalho, ainda mais se comparado com seus predecessores, exibe-se ao ouvinte com desenvoltura. Afinal, a crise de relacionamento que redefiniu os limites estéticos da banda resultou, ironicamente, em um de seus trabalhos mais nítidos” (Leia a resenha completa)

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.