Transviolet: “Acho que os gêneros são irrelevantes na era Spotify”

Banda Indie chama atenção de grandes nomes do mainstream com seu jeitão Pop

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Fotos: Chris Greenwell

A californiana Transviolet é uma dessas bandas Indie que passeiam pelo Electropop e Synthpop com aquela sinceridade pertencente ao universo Alternativo presente nas letras e uma alma Pop de querer te fazer dançar e cantar junto. É tudo tão bem alinhado que grandes nomes do mainstream – como Katy Perry e Harry Styles – já se declararam publicamente como fãs da banda.

“Acho que os gêneros são irrelevantes na era Spotify”, disse a vocalista Sarah McTaggart ao Monkeybuzz por telefone, “as pessoas estão ouvindo música de um jeito diferente, elas não estão mais sintonizando uma estação de rádio dedicada só a música Alternativa. Estamos mais acostumados a uma enorme mistura, é difícil ver alguém que ouve só Hip Hop ou só Indie”.

Isso ajuda a explicar o som que ouvimos no recém-lançado Valley, que saiu no fim de agosto. “Acho que pegamos o melhor de dois mundos”, conta a cantora, “Nós amamos música Pop, tipo Katy Perry, Sia e Ariana Grande, mas nós crescemos ouvindo Indie como Weezer, Nirvana e Radiohead”.

“Quando estou escrevendo, tento ser honesta. Escrever é um ato catártico pra mim. Acho que isso nos desaproxima mais do Pop, em que as pessoas escrevem sobre coisas que não existem, sobre um mundo de sonhos. Quando escrevo, tento refletir experiências reais. O que temos em comum é que queremos trabalhar temas que são universais”, diz Sarah.

Grande parte do reconhecimento que Transviolet recebeu nos últimos anos veio com o hit Girls Your Age, que a banda brinca ter sido “uma aberração”: “Quando estávamos trabalhando nela, não pensamos em fazer algo que chamaria atenção de Katy Perry e Harry Styles, estava só escrevendo sobre o que significa crescer. Mesmo na produção, não tem bateria até o segundo verso, não é uma faixa que segue as regras dos hits Pop. É o tipo de coisa que acontece de vez em quando. Se rolar de novo, legal. Se não acontecer, não ligamos”.

Sobre o lançamento de Valley, a banda comenta que, “para a maioria dos artistas com contratos hoje em dia, a ideia de um álbum inteiro chega a assustar um selo. Há tanta expectativa por trás de um LP, não é o mesmo com um EP. Então, decidimos fazer um EP. Pensamos em quatro músicas, aí tinha várias faixas que não queríamos deixar de fora e acabou ficando com sete”.

Essa atitude parece refletir muito da maneira que Transviolet trabalha, com uma aproximação mais orgânica, até espontânea em suas produções. “Como artistas, nós tentamos aproveitar essa caldeirão de influências de hoje em dia. Por isso há gente como Khalid, Billie Eilish e nós, que não nos encaixamos só em uma caixinha”, comenta Sarah, “fazemos música que seja autêntica e verdadeira. O que rolar, rolou”.

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ARTISTA: Transviolet
MARCADORES: Conheça, Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.