Dave Grohl: Currículo Invejável

Ex-baterista do Nirvana, líder dos Foo Fighters, várias participações em bandas e, agora, diretor. Com 26 anos de carreira, o músico sabe como poucos se manter ativo no mundo da música

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Nos anos 90, o mundo do Rock foi marcado por alguns nomes. Entre eles, figurava um jovem cabeludo e magro nascido em Ohio e chamado David Eric Grohl, ou Dave Grohl. Seu início foi como músico na banda de Punk Hardcore Scream no final dos anos 80 e seguiu carreira até se tornar o baterista da banda Grunge mais famosa de todos os tempos e, futuramente, o líder de uma das bandas de Rock com maior número de fãs da atualidade. Dave já carrega 26 anos de carreira em meio a guitarras, microfone e bateria em seus projetos e bandas e parcerias com grandes nomes, além de se aventurar como diretor de cinema. Conheça mais do invejável currículo do artista.

NIRVANA

Após gravar o primeiro disco de estúdio da banda, Bleach, em 1989, Kurt Cobain dizia que não estava encontrando sinergia do até então baterista Chad Channing e o espírito da banda. Desse modo, Kurt e Krist ficaram buscando um novo nome para a percussão, e numa ida a um show do Scream, conheceram Dave e o convocaram para um teste. O resultado foi o que conhecemos: Grohl assumiu em definitivo as baquetas do Nirvana e foi o responsável pela bateria do disco mais conceituado do Grunge, Nevermind (1991). A simbiose entre Dave e a banda era incrivelmente perfeita, mas algo o incomodava. Kurt não lhe abria espaço para as suas sugestões e letras compostas, o que faria com que Dave reprimisse suas inspirações de seu lado compositor e guardasse tais materiais. Entretanto, com o final da banda, após a morte de Cobain, esse lado ganharia espaço e conehceríamos um Dave além das baquetas.

FOO FIGHTERS

Com a morte de Kurt Cobain em 1994, se perdia um ícone do rock e uma das bandas mais influentes da história. O que não se sabia é que, a partir disso, teríamos o surgimento de outro grupo que viria a lotar estádios de futebol por todo o mundo em pouco mais de 3 anos de existência. O início disso se daria com a compilação de suas composições guardadas de época de Nirvana, que resultaria na demo Pocketwatch, que, mesmo com um pseudônimo de Late! e como uma sonoridade ainda apegada ao Grunge, viria a ser o embrião do Foo Fighters, que teria seu disco de estreia no ano seguinte. Tal álbum ganharia o nome com qual conhecemos a banda hoje, mas tratava-se de banda de um homem só, já que mostraria a versatilidade e habilidade musical de Dave em compor letras, música e linhas em diversos instrumentos. A banda só iria se formar propriamente dita após o lançamento do álbum.

OUTROS PROJETOS MUSICAIS

Sem ser no Grunge e no Rock Alternativo, Dave se aventurou em outros estilos, desde o Stoner Rock até mesmo o Heavy/Trash Metal. Em 2003, juntamente de grandes nomes do Metal, como Lemmy Kilmster do Motörhead e Max Cavalera do Sepultura, formava-se o projeto Probot que foi idealizado por Grohl para juntar os vocalistas e guitarristas do estilos os quais marcaram sua adolescência. Perguntado sobre o futuro do projeto, disse que há sim uma possibilidade de um “Probot 2”, mas sem nenhuma data prevista. Ainda no metal, Dave assumiria a bateria para tocar em uma música do disco solo de Tony Iommi, guitarrista da lendária Black Sabbath.

Em 2002, no clipe de Low, teríamos a participação do hilário ator/músico Jack Black. Desse modo, Grohl retribuiria ao participar do disco de estreia, e também no mais recente, de 2012, do Tenacious D, projeto de Black e Kyle.

Entretanto, nesse mesmo ano, o que marcou como projeto paralelo de Dave foi a sua participação tocando a bateria do Queens of the Stone Age no disco Songs for the Deaf. Tal álbum é tido para muitos como o melhor da carreira da banda e traz hits como No One Knows, Hanging Tree e Go With The Flow.

Vale ressaltar que no mesmo ano o Foo Fighters entrava em turnê com o One by One, sendo uma época conturbada e intensa para a banda principal de Dave, que tinha de ver o seu líder dividindo atenção entre ela e o trabalho com Josh Homme. Porém, ambas as turnês foram bem executadas e foram até importantes para, ironicamente, melhorar o clima que estava nebuloso entre Dave os demais membros do Foo Fighters, fazendo com que a banda voltasse ainda mais motivada e unida para os trabalhos seguintes.

Recentemente, em 2009, o ex-baterista do Nirvana assumiria novamente o instrumento formando o supergrupo Them Crooked Vultures com as lendas John Paul Jones, ex-baixista do Led Zeppelin, e Josh Homme, vocalista e guitarrista do QOTSA. O trio lançou até o momento apenas um disco e teve seu som muito bem elogiado por críticas e ouvintes. Afinal, não podíamos esperar menos de um timaço como esse.

Além disso tudo, Dave se mostraria muito influente e bem quisto no mundo da música, tocando com inúmeros nomes, como Killing Joke, Cat Power, Nine Inch Nails, Garbage e Juliette and the Licks, além de participações ao vivo com Elvis Costello, Bruce Springsteen, Paul McCartney, Steven Tyler, No Doubt e Norah Jones (que também participou da faixa Virginia Moon do disco In Your Honor do Foo Fighters).

DIRETOR

Eis que Dave larga um pouco a figura de músico e assume a cadeira de diretor, entretanto, sem fugir de seu habitat natural, visto que sua experiência em dirigir foi inaugurada com o documentário Sound City. Este trabalho, que terá lançamento em Fevereiro de 2013, irá abordar a história do estúdio Sound City Studios, situado em Los Angeles, California e que foi responsável por, entre outras muitas gravações, a do icônico Nevermind.

Mesmo com o hiato dos Foo Fighters, ainda veremos o rosto de Dave Grohl por aí. Seja em sua aventura como diretor, ou no novo álbum do QOTSA, o qual foi convidado para assumir mais uma vez as baquetas. E a expectativa que fica quando vemos Dave em algum projeto é de que coisas boas virem por aí.

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Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).