Bastille, entre Conquistas e o Reconhecimento

Em conversa por telefone, baterista e compositor afirmou que a banda virá ao Brasil em breve

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Bastille é dessas bandas que todo fã de um som Pop bem contemporâneo precisa conhecer, principalmente se tiver nomes como fun. e Foster the People no repertório. Muita percussividade, um som dançante feito com muitos instrumentos e um quê eletrônico super bacana, isso tudo envolto por melodias agradáveis e versos épicos. Fica difícil não curtir.

E 2014 começou com tudo para a banda, já que em janeiro ela teve a honra de ser o convidado musical do programa Saturday Night Live (uma exposição que poucos artistas conseguem) e, em 19 de fevereiro, ser a detentora do título de Revelação no Brit Awards, a premiação de maior prestígio da música britânica, além de ter sido indicada em outras três categorias (Melhor Grupo, Álbum do Ano e Single do Ano).

“É muito louco, porque no ano passado nós não conseguimos convites para ir à premiação”, contou o baterista e compositor Chris Wood ao Monkeybuzz por telefone, “e neste ano tivemos tantas indicações e ganhamos um prêmio com votação do público”. “Ficamos surpresos, mas muito felizes”, completou.

E tudo isso aconteceu depois de, em janeiro, a banda ter lançado lá fora All This Bad Blood, uma reedição caprichadíssima de Bad Blood cheia de lados-B e músicas que não entraram no disco original, incluindo o tão falado mash-up Of the Night, que estreou já no segundo lugar das paradas britânicas misturando os hits dos anos 1990 The Rhythm of the Night e Rhythm Is a Dancer. “Pra mim, é um álbum extra”, conta o baterista, “tem todas essas músicas que são ótimas e ficaram de fora do primeiro disco, ficamos felizes de compartilhá-las com o público”.

Agora em março, All This Bad Blood será lançado no Brasil pela Universal Music, o que aumenta as chances de uma passagem do grupo por aqui também. “Nós imploramos para o nosso produtor: ‘Por favor, por favor, faça a gente tocar no Brasil durante a Copa do Mundo’, mas não deu certo”, brinca Wood, “mas estamos fazendo de tudo para, ainda neste ano ou no próximo, nós irmos ao seu país”.

Sobre novidades, ele comentou que cerca de dez músicas já estão encaminhadas para um próximo álbum: “Ele terá muita guitarra, será mais pesado, eletrônico e, talvez, até mais experimental”. “Estamos fazendo música do jeito que gostamos e esperamos que as pessoas também curtam”.

Bastille – *All This Bad Blood*

Por falar em música que gosta, perguntamos o que ele anda ouvindo e ele logo citou Arctic Monkeys (para quem perdeu na categoria Melhor Grupo no Brit Awards) e o útimo álbum da Queens of the Stone Age – “uma das melhores coisas feitas nos últimos anos”, segundo ele – o que ajuda a entender um próximo disco mais cheio de guitarras, já que os músicos vão investir em um som que gostam de ouvir.

O que provavelmente não mudará é o tom Pop e “épico” que suas faixas possuem, aquela grandiosidade toda que agrada tanto o público mais alternativo, quanto o mais ligado nas tendências do mercado. All This Bad Blood está aí pra nos provar isso.

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ARTISTA: Bastille
MARCADORES: Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.