Melhores EPs de 2017

Redação do Monkeybuzz escolhe seus EPs favoritos deste ano

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20. Bonifrate – Lady Remedios

“Apesar de seus poucos 17 minutos, Lady Remédios coloca o respeitado letrista em uma posição confortável e acessível – , música que encerra a obra em forma de Samba lisérgico, poderia se confundir com tantos outros artistas brasileiros se não tivesse o DNA psicodélico do carioca. Sua divertida excursão tenta abraçar novos ouvintes sem nunca perder as origens. O triste término do grupo Supercordas, no qual Bonifrate era figura fundamental, ganha um pequeno epitáfio em Microcosmo, canção que traz bastante da energia presente no derradeiro disco Terceira Terra. A sensação ao final é que o legado não será nunca esquecido, mas que o compositor certamente tem novos rumos pela frente.” – Gabriel Rolim

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19. Yaeji – EP2

EP2 continua com esta mesma proposta e, de alguma forma, nos conta ainda mais histórias de yaeji. Uma escutada desatenta poderia proporcionar ao ouvinte uma opinião apressada e superficial sobre as batidas aqui criadas, considerando-as simples ou pouco criativas. Entretanto, esta ingenuidade também pode nos levar a encarar as batidas construídas como detentoras de pedaços do dia-a-dia da DJ e, assim, nos seduzir com este retrato. yaeji tem preferências por completar as batidas com timbres um tanto quanto obscuros, etéreos e quase distópicos, como se fossem retirados do filme Blade Runner. E em meio a estes pads soturnos e baixos fortes, ela canta letras simples que abordam temas que vão desde se divertir com seus amigos, ansiedade, comunismo e atitude. Aos poucos, ela constrói partes de seu mundo e, sem pretensão alguma de virar uma estrela da música Eletrônica, nos mostra o que passa em seu imaginário. É com essa despretensão que nos aproximamos de yaeji, como se estivéssemos em sua casa e ele nos mostrasse as batidas que acabou de compor.” – Lucas Cassoli

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18. Buscabulla – Buscabulla II

Buscabulla II aguça nossa curiosidade por esse duo, com quatro canções fortes e um talento para a produção inquestionável. Um futuro disco de estúdio é algo que podemos aguardar com muita ansiedade e esperar grandes coisas para a carreira deles. Por ora, temos um registro psicodélico que remodela o estereótipo até ficar totalmente interessante.” – Lucas Cassoli

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17. Hope Sandoval & The Warm Inventions – Son of A Lady

“Com agridoçura, voz, beleza e economia grandiosa de elementos, este EP, como quem não quer nada, vai levar um belo de um selo Ouça e só não arrebata cotação maior porque contém apenas três faixas. Se o nível se mantiver, imagina só como será para cotar os próximos. Uma lindeza sem par.” – Carlos Eduardo Lima

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16. Chábazz – Umano Demasiado Humano

“Outra semelhança com o filósofo se dá por suas características céticas, que buscam fugir do óbvio e conquistar uma identidade particular. Na quinta faixa, Alter Ego, isso fica nítido: em um beat mais lento sampleado da canção Decode, da banda Paramore, há uma ambientação única que se destoa do que é considerado “clássico” no Rap brasileiro. Essa vontade e coragem de criar algo diferente soa quase como um grito.” – Ana Laura Pádua

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15. Vic Mensa – The Manuscript

“O compacto conta com apenas quatro faixas, que me parecem desdobramentos de seu encontro com Kanye West pouco antes do lançamento de The Life Of Pablo (2016). Vic parece ter absorvido um pouco da grandiloquência de Yeezy bem como alguns maneirismos de produção, chegando em alguns momentos a soar bem parecido.” – Nik Silva

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14. Billie Eilish – don’t smile at me

“O que don’t smile at me parece ter de melhor, além das boas músicas, é uma cara despretensiosa para acompanhar a atitude que Billie Eilish comunica – cheia de pose, mas bastante desencanada. É aquele disco divertido e com coração, com letras fáceis de se identificar se você está na mesma faixa etária da cantora, e bastante agradáveis para quem já passou dela.” – André Felipe Medeiros

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13. Kintaro – Universal

“Ao longo de suas cinco faixas, ele apresenta uma sonoridade bastante sintética adornada com boas escolhas de produção, seja um efeito na voz ou aquele preenchimento de som espaçado tão próprio da música contemporânea, isso enquanto equilibra referências do Trap e do R&B por trás de um Hip Hop suingado em forma e bastante convencional em conteúdo.” – André Felipe de Medeiros

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12. The Tallest Man on Earth – The Tallest Man On Earth With yMusic

“Em cinco faixas, The Tallest Man On Earth With yMusic mostra uma evolução de Kristian, evidenciando sua complexidade e personalidade multifacetada. O cantor se apodera de sentimentos universais, como dor, solidão e partida, gerando um forte senso de aproximação com o ouvinte. Do grande contraste entre o Lo-fi e arranjos mais rebuscados, a espiral melancólica permanece de forma plena. Ótima recomendação para uma tarde de domingo chuvosa acompanhada de uma bebida quente.” – Ana Laura Pádua

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11. JJ DOOM – Bookhead

“No entanto, em Bookhead, o mascarado mostrou que continua a ser o nerd visionário que sempre foi, potencializando cada featuring com flows e beats que saem do lugar comum dos parceiros, sem perder suas essências. Por exemplo, a faixa Retarded Fren, com participação da metade do Radiohead, Jonny Greenwood e Thom Yorke, apesar de diferente, mantém os artifícios característicos do grupo. Sem muito esforço, é quase possível visualizar o vocalista ensaiando movimentos a lá Lotus Flower na segunda metade da música. O grupo canadense BADBADNOTGOOD já fez outros trabalhos que provocaram mais holofotes do que Guv’nor, porém, ela ainda se destaca no lado mais “sombrio” deste lançamento. Já o remix de Banished, desenvolvido pelo Beck, parece ter sido carregado de referências presentes no Midnite Vultures, sétimo álbum do cantor, por conta do Funk dançante e psicodélico.” – Ana Laura Pádua

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10. Anohni – Paradise

Paradise mostra-se um daqueles bons casos de uma expectativa ser cumprida como gostaríamos que fosse. Há um inegável capricho na produção para acompanhar o grande potencial de sua interpretação, com músicas que causam emoções no ouvinte em resposta aos diferentes estímulos sentimentais trabalhados nas composições. Mais longo do que um EP regular, é a prova de que ANOHNI tem construído uma estética sólida e certeira para expor seus temas dolorosos de maneira envolvente e contemplativa.” – André Felipe de Medeiros

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09. Entropia-Entalpia – DEMOLIÇÃO

“É inevitável não sentir vertigem ao ouvir o primeiro EP do produtor recifense Entropia-Entalpia. Como se as relações termodinâmicas da alcunha que Matheus Câmara escolheu para seu projeto de Techno/House se transformassem em energia sonora, vemos uma constante oscilação entre elementos sonoros percussivos e sintetizadores agressivos que transformam-se em uma atração quase que irremediável ao desconhecido.” – Gabriel Rolim

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08. Cosmo Pyke – Just Cosmo

Just Cosmo é o seu debute musical, um álbum de apenas cinco faixas (mas que se aproxima dos trinta minutos de duração) que, dada a sua qualidade, nos faz perguntar se “talento natural” é uma coisa que existe mesmo. Filho de uma musicista Punk feminista, Pyke apropria-se de influências musicais distintas como se o fizesse sem saber. Existe o groove da geração saída do supergrupo The Internet, existe a segurança de King Krule e existe a malemolência de Mac Demarco. Mas existe algo mais, um relaxamento e uma despretensão muito próprias, quase blasé, que fazem a música de Pyke soar reconfortante.” – Roger Valença

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07. Steve Lacy – Steve Lacy’s Demo

Steve Lacy’s Demo é quase como um currículo impresso em A4. Seu compilado de faixas serve mais como uma amostra do que o jovem é capaz de fazer, reunindo alguns de seus excertos mais inspirados. É livre, despreocupado e chama a atenção sem fazer esforço. Mais um para a lista de acertos de The Internet.” – Roger Valença

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06. Repetentes 2008 – Boulevard Internacional EP

“Para este novo compacto, Guerrinha exercita seu lado de produtor de música Eletrônica, mas sem perder de vista seu lado experimental como músico. O registro de apenas quatro faixas mistura as idiossincrasias de sua cabeça super criativa com elementos da música Eletrônica oitentista, bebendo de fontes Yellow Magic Orchestra ou New Order, além dos videogames. Sim, música de/para videogame.” – Nik Silva

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05. David Bowie – No Plan

“Este EP é um complemento natural para Blackstar, tanto que as canções inéditas aqui contidas poderiam fazer parte do álbum sem qualquer problema. De qualquer forma, esta discussão é pouco importante diante do prazer que sua audição traz. Uma beleza total e um olá do Camaleão, esteja onde estiver.” – Carlos Eduardo Lima

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04. RAKTA – Oculto Pelos Seres

“Em pouco mais de doze minutos, fica evidente o cuidado para construir essa ambientação. As faixas Intro e Outro, essa que encerra o disco, parecem uma única canção dividida em duas, em que as batidas e os ruídos que lembram barulho de vento, nos prepara para uma imersão que tem seu enlaço final nas próximas músicas — uma transparência cíclica.” – Ana Laura Pádua

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03. Kamasi Washington – Harmony of Change

“Ao contrário do eloquente The Epic, seu disco anterior (triplo), este aqui é econômico. São seis faixas, num total de pouco mais de meia hora de audição. Há uma familiaridade entre os temas, todos orbitando um mesmo fraseado melódico, dando a impressão de estarmos diante de um álbum conceitual de alguma natureza espiritual. E deve ser. Kamasi ofereceu em sua estreia uma visão passional e transcendente do Jazz e ele repete a dose por aqui. Parece que o homem ouviu e se fundiu com as melodias de um dos mais belos discos que o estilo ofereceu ao mundo desde seu surgimento: Ballads, de John Coltrane, de 1963.” – Carlos Eduardo Lima

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02. Syd – Always Never Home

“A temática escolhida para essas três faixas permeia a tentativa de equilibrar a vida na estrada com um relacionamento. A minimalista Moving Mountains serve como reflexão sobre questões que cerceiam um relacionamento unilateral: “Até que ponto você está certo ou errado? Onde você foi generoso ou egoísta?”. Já na segunda, Bad Dream/No Looking Back, com voz suave e uma batida marcante de bateria, Syd discute sobre o fluxo de emoções que todos nós podemos ter — muita das vezes, no entanto, desnecessárias.” – Ana Laura Pádua

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01. Rodrigo Ogi – Pé no Chão

“Poucos rappers têm a capacidade de Ogi e isso é inegável aqui: seus ganchos e versos se encaixam dentro das melodias com perfeição. Alia-se à sua capacidade lírica um vocabulário amplo e temas distintos, como histórias em quadrinhos e sua analogia ao mundo real em Redenção. É visível a entrada de outros temas como a paternidade na linda Nuvens, com Marcela Maita – a faixa traz basicamente a história da sua vida à tona e a alegria de ter um filho para poder olhar com tranquilidade à noite.” – Gabriel Rolim

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Autor:

Videomaker, ator e Jedi