Ouça: Matthieu Chedid

Infinidade de timbres é um dos pontos altos de uma carreira de quase duas décadas

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Fotos: Denis Rouvre

O francês Matthieu Chedid foi uma descoberta que fiz em uma loja de CDs, lá em 2006 mais ou menos. Os poucos segundos de cada faixa disponíveis para audição me chamaram a atenção pela diversidade de timbres entre uma música e outra – e também entre um disco e outro, como fui perceber mais tarde quando comecei a explorar um pouco mais as obras do músico.

Multi-instrumentista, Matthieu adota o codinome -M- em lançamentos e apresentações, personagem que permite que ele exteriorize os elementos de suas músicas em figurinos e maquiagens extravagantes, como o cabelo no formato da letra que está presente em diversas imagens de divulgação. A inspiração no surrealismo ajuda a entender o caminho traçado ao brincar de cientista maluco em sua rica discografia.

No total, são seis álbuns gravados em estúdio (Le Baptême, 1997, Je dis aime, 1999, Labo, M e Qui de nous deux, de 2003, e Mister Mystère, 2009) e cinco ao vivo, que dão fôlego aos longos períodos sem lançamentos de trabalhos inéditos.

Com um esqueleto formado por elementos de um Pop acessível e com elementos inusitados, mas com órgãos e músculos compostos por diversos outros estilos, o artista encontra energia para se renovar a cada disco, trabalho que parece ser feito com paciência e uma dose de coragem, equação que tem levado seu trabalho adiante há quase vinte anos.

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MARCADORES: Ouça

Autor:

Videomaker, ator e Jedi