Resenhas

Kithkin – Rituals, Trances & Ecstasies for Humans in Face of The Collapse

Grupo continua com sua ótima música explosiva e experimental

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Ano: 2014
Selo: Pesanta Urfolk
# Faixas: 12
Estilos: Indie Rock, Punk, Experimental
Duração: 48:36
Nota: 3.5
Produção: Shawn Simmons

A energia tribal presente em Kithkin, um quarteto de jovens americanos é, além de difícil de definir, também dificíl de decifrar. A força imprevisível que emana tanto de seu EP de estreia Takers & Leavers quanto agora em seu primeiro álbum completo, Rituals, Trances & Ecstasies for Humans in Face of The Collapse, evoca tambores selvagens que remetem a pulsões de vida primitivas, mescladas ao barulho de ruídos do Punk Rock somados às inteferências eletrônicas dos sintetizadores.

Não é sempre que a percussão toma à frente da cena e assume o protagonismo numa banda de Indie sofisticada como Kithkin. Sim, porque além da máscara da bagunça, da gritaria e da barulheira propositais, (que, na verdade, tem a ver com a energia explosiva sempre à 100% que eles querem transmitir), a performance dos quatro garotos juntos é impecável.

Rituals, Trances & Ecstasies for Humans in Face of The Collapse é uma continuidade assumida de seu EP anterior, postura que fica evidente nos intervalos instrumentais que fazem a cara do projeto (me refiro a Din IV, Din VI e Din VII). A fórmula é mesma, algumas baterias (não sabemos quantas, o grupo alterna de uma a quatro percussões simultâneas) à frente do som lidera a pulsão vital do grupo. Em seguida, o baixo dá a base para a guitarra distorcida que divide suas linhas com os teclados e sintetizadores (entre eles, um Theremin). No meio de tudo isso, dois ou três vocalistas berram alternadamente, numa linha sempre ascendente de energia e liberdade.

Soando como um Alt-J mais jovem (e mais impetuoso), ou como um The Rapture mais tribal, Kithkin chamou a atenção (a nossa, inclusive) quando apareceu com seu primeiro EP e continua com honra a promessa de manter seu trabalho único, muito inventivo e animado num padrão alto de exigência. A força dos registros é evidente, mas faça um favor a si mesmo e assista às performances ao vivo do grupo para ter noção de quanto sua música é potente.

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BOM PARA QUEM OUVE: Alt-J, Vampire Weekend, The Rapture
ARTISTA: Kithkin

Autor:

é músico e escreve sobre arte