Jovial, energético e urbano. É assim que Streets In The Sky, terceiro álbum dos britânicos da The Enemy, pode ser descrito – e que pode ser considerado o melhor da banda. Ainda mantendo a mesma fórmula de se misturar um Indie Rock com um Garage Rock mais Pop e com influências claras do clássico Punk inglês, o grupo traz um disco similar ao primeiro, voltando a ser mais impulsivo e elétrico após seu morno segundo trabalho.
Streets In The Sky vem com uma boa quantidade de músicas com refrões mais pop, de fácil absorção e envolvimento, fazendo o fã já saber cantar algumas músicas logo na segunda vez que as ouve. Já com duas faixas lançadas como single – Gimme The Sign e Saturday – o álbum ainda apresenta fortes candidatas para mais outros hits, como 1-2-3-4-, Come Into My World, 2 Kids e Turn It On.
Com um dinamismo incrível, a obra só reduz seu ritmo quando já está se aproximando do seu fim, com a faixa 2 Kids. Ela possui um início mais suave e ainda dá espaço ao violão e um refrão altamente contagiante, o que faz com que o ritmo crescente do álbum não caia bruscamente, apenas diminua.
Já o final do disco é abrupto, dado pela rufada da bateria ao fim de Make a Man, que faz o ouvinte terminar o disco e pedir mais. Streets In The Sky é, no todo, uma obra muito bem montada e ordenada nas faixas e possui do começo ao fim a energia clássica do Indie Rock. Apesar de ter uma cara bem comercial – refrões fáceis de cantar e bom número de possíveis hits –, não se pode deixar de lado que foi um formato bem executado. É um álbum que agitaria bem as pistas de baladas Indie por aí e vale ouvi-lo para entrar no pique de um final de semana.