As melodias do Beach Boys filtradas pelo harmonioso Post-Rock, renderam ao trio inglês
Poucas bandas com pouco tempo de estrada tem o reconhecimento que eles tem (em especial se tratando do difícil publico inglês). Com pouco mais de sete anos de existência, a banda é apontada como um dos grandes nomes do Art Rock, produzindo discos únicos como reflexo de sua criatividade e inventividade.
Ao contrário do último disco, o duplo Measure, expansivo e extenso com cerca de 1h10 de duração, Plumb condensa 15 músicas em aproximadamente 35 minutos. O resultado é um ciclo perfeito de canções, uma experiência bem diferente do anterior.
A duração das faixas e o fato de algumas músicas parecerem que foram cortadas, acabando subitamente, mesmo antes do refrão, são sintomas da curta duração do disco. Além disso, a bela capa do álbum, mostrando linhas que formam uma mini paisagem, muito simples e bonita, nos conta mais sobre o estilo do disco.
Tão razo e tão profundo ao mesmo tempo, composições e arranjos sóbrios e suaves nos trazem um sentimento de nostalgia muito grande, revelando a complexidade do Field Music. O pop psicodélico do trio ganha uma linha lúdica nesse álbum, brincando com o post-punk entre suas faixas. Estamos falando aqui de uma psicodelia comportada, com tudo em seu lugar e nerd, estudada em cada detalhe – o que não tira nem um pouco o brilho do disco.
Em mais um grande disco dos irmãos Brewis, vemos o som psicodélico calculado e incrível que o Field Music consegue fazer. A inspiração do trio a ser um Beach Boys levou Plumb a um experimentalismo à la Brian Wilson, com um toquezinho de Post-Rock, e fez um dos mais belos discos de Art Rock do ano.