Há duas maneiras bem distintas de encarar o novo disco da banda norte-americana fun., Some Nights: Você pode estar diante de um excelente álbum Pop ou de uma entediante obra Indie. Só depende como você decidir ouvi-lo.
Com uma forte influência de Queen, a banda trabalhou neste seu segundo disco com o produtor peso-pesado Jeff Bhasker, que já fez músicas com Kanye West, Lana Del Rey e Adam Lambert, entre vários outros. A contribuição dele colocou muitos elementos eletrônicos que são tendência na música Pop hoje em dia, como o auto tune.
O hit We Are Young, com participação de Janelle Monáe (com quem a banda excursionou em 2011), mostra bem o teor das outras faixas, todas grandiosas e com potencial para as rádios e pistas (seja naturalmente ou em remixes), como a sequência All Alone e All Alright ou It Gets Better.
O som é sempre grandioso, quase exagerado, em uma dramaticidade Pop que lembra Mika (como na faixa-título) e Freddy Mercury (como em Carry On e Why Am I the One). O vocal de Nate Ruess é quase teatral, dando um ar performático a todas as canções até Stars, que encerra o disco em um clima que chega a parecer My Dark Twisted Fantasy, do Kanye West, com muito auto tone e uma batida levada para o Soul.
Tudo isso vai certamente cansar quem quiser sentar e ouvi-lo como você faria para qualquer outro trabalho de uma banda Indie. As músicas se parecem bastante entre si, todas com esse caráter dramático e dançante, sem perder sua intensidade em momento algum, mesmo na faixa-bônus Out on the Town – a mais sem graça do álbum.
Por outro lado, Some Nights é carregado de hits e, se você estiver na vibe certa, vai aproveitar para cantar e dançar ao mesmo tempo. Afinal, como em qualquer boa produção Pop, o maior conceito por trás do disco é a diversão. Se tiver dúvidas, vide o nome da banda.