Resenhas

Prinzhorn Dance School – Clay Class

Em seu segundo disco, o duo inglês consegue levar adiante esse novo estilo que prima pela simplicidade e pelos ritmos dançantes. Aproveite o lançamento pra entender o que estamos chamando de “Minimal Dance Punk”

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Ano: 2012
Selo: DFA Records
# Faixas: 11
Estilos: Dance Punk, Minimal
Duração: 45:15
Nota: 3.5

Prinzhorn Dance School é uma das maiores apostas de DFA Records, gravadora de James Murphy, que ajudou a criar o Dance Punk do começo dos anos 2000. O duo inglês Tobin Prinz and Suzi Horn produzem o que podemos chamar de “Minimal Dance Punk”, um som nada grandioso, nada inovador. Mas, ainda assim, Clay Class consegue ser um disco consistente mesmo simples.

Seu debut, de 2007, foi bem recebido por uns e criticado por outros, mas o que importava na verdade era lançar ao mundo esse novo e estranho dance punk. De certo, houve uma grande melhora desde aquela época para esse novo disco. O mais notável dessa mudança foi a guitarra que teve um avanço significativo.

Com linhas de baixo bem construídas e pulsantes, com seus riffs ácidos de guitarra e a bateria com ritmo descontinuado, o grande desafio no som da dupla é achar a maneira apropriada de dançar. As melodias simplórias quase sempre têm um baixo de uma nota só, duro e cíclico, enquanto as guitarras agudas dão o tempero especial às canções e a bateria continua sempre com seu ritmo quebrado, criando quase uma “fórmula”.

“It’s cyclical/it’s circular/it’s human nature” frase que aparece em Usurper, segunda faixa do disco que segue à risca a tal “fórmula” da banda, serve de base para o resto das outras dez que compõe o disco. I Want You ganha uma melodia doce e calma, simples e com uma harmonia delicada, com certeza uma das mais belas do Clay Class.

Num clima de Joy Divison, The Flora And Fauna Of Britain In Bloom vem com seu baixo poderoso permeado pela bela harmonia das guitarras e a voz ecoante de Prinz. Com seu clima misterioso, a instrumental Right Night Kay West consegue trazer um clima de sobriedade as música e mostrar um lado mais sombrio da banda.

Tudo bem, não vimos nada de muito inovador em Clay Class. Mas não é à toa que James Murphy e sua DFA estão dispostos a arriscar algumas fichas nessa dupla, e esse Dance Punk meio estranho vem conquistando seu lugar. A simplicidade e consistência do projeto fazem valer a pena ouvir o disco.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts