Resenhas

Albert Hammond Jr. – AHJ EP

Guitarrista traz de volta a vibe de The Strokes perdida no começo da década passada e trata de assuntos como sua reabilitação e a nova vida sem drogas

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Ano: 2013
Selo: Cult Records
# Faixas: 5
Estilos: Indie Rock, Rock Alternativo
Duração: 14:53
Nota: 3.0
SoundCloud: /tracks/110748109
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fahj-ep%2Fid707600037

Este EP é talvez o maior presente que os velhos fãs de The Strokes receberam em muito tempo. Desde 2006, com First Impressions of Earth – ou para os mais puritanos, desde 2003, com Room on Fire -, não houve nenhuma obra que realmente seguisse o que o quinteto nova-iorquino iniciou lá no começo dos anos 2000, seja nos discos da própria banda ou dos solos de alguns de seus membros.

Em AHJ, Albert Hammond Jr. parece trazer de volta o Indie Rock garageiro do começo de carreira de sua banda e o faz também explorando alguns dos elementos que mais marcaram sua carreira solo (com os álbuns Yours to Keep e ¿Cómo Te Llama?). Esse crossover gera um EP bom, porém sem nenhuma novidade ou algo que quem já tenha tido contato com a música de Albert já não tenha presenciado antes. Ainda assim, para quem estava com saudades da sonoridade do The Strokes em seus primórdios, esse pode ser um bom “prêmio de consolação”.

Com apenas cinco faixas, que exercitam diferentes tons de seu trabalho, o músico parte para um lado um pouco mais agressivo de sua obra – e a capa também passa um pouco dessa sensação raivosa. Mesmo que St. Justice, música que abre o álbum, seja uma baladinha, levada a um repetitivo e agudo riff e uma bateria robótica, canções como Strange Tidings e Carnal Cruise já quebram essa impressão morna causada pela faixa de abertura. A frenética e desajeitada Rude Costumer continua nesse caminho e fechando, Cooker Ship é uma faixa que parece ter saído de algum lado-B de Room on Fire.

É impossível não perceber o efeito que a reabilitação e estar sem usar seu coquetel de drogas geraram em suas letras. Fragamentos como “I can’t believe I lost my mind’’ (Strange Tidings) e “lately I’m just not quite myself’ (Cooker Ship) mostram um pouco da introversão e da sensação claustrofóbica da pequena obra, mas ao mesmo tempo mostram que Albert superou bem isso pela vibe hedonista de Carnal Cruise.

Rápido o certeiro, o EP apesar de não mostrar nenhuma novidade, mostra que Albert ainda sabe criar boas e pegajosas linhas de guitarra e que em se tratando do Indie Rock, ele ainda sabe fazer boas músicas com teor Pop. E bom, se você gosta de The Strokes das antigas, esse disco é prato cheio de boas lembranças.

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BOM PARA QUEM OUVE: The Strokes

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts