Resenhas

Single Parents – Unrest

Em seu álbum de estreia, o trio paulistano reuniu composições muito boas, mas que acabaram ficando muito parecidas entre si, o que pode fazer com que alguns ignorem a qualidade desse trabalho com uma sensação de “mesmice”

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Ano: 2012
Selo: Popfuzz Records
# Faixas: 13
Estilos: Indie Rock, Rock Alternativo
Duração: 01:05
Nota: 3.0
Produção: Roger Paul Mason
Livraria Cultura: 29732177

Os paulistanos Fernando, Anderson e Rafael, que compõem a Single Parents, gravaram entre Brasil e Estados Unidos seu primeiro álbum, Unrest, que revela mais do som que inaugurou com o EP Could You Explain, de 2010.

Beginning of Your Rage abre bem o disco, completinha, com uma levada gostosa de ouvir e a surpresa de um acompanhamento de cordas adicionado à mistura voz-guitarra-baixo-bateria, passando por alguns momentos diferentes entre si, que fazem a música de quase seis minutos parecer mais de uma faixa. Em seguida, vem Stop Waiting (For Me Now), usada como divulgação do álbum e que aparece aqui também cumprindo todos os requisitos para a banda ser elogiada, repetindo a pegada da primeira faixa, mas com cordas maior empolgação, cordas mais discretas e em um tempo mais curto. Tudo muito legal até agora.

Daí pra frente, você já pode saber se gostou do disco ou não. É que as próximas onze faixas não vão ser muito distintas do que já foi apresentado, o que pode desagradar alguns. São músicas boas e bem produzidas, mas todas com uma grande semelhança entre si. O formato de trio é bem explorado pelos rapazes, mas as próprias composições podem ser muito parecidas pra alguns gostos.

Se mesmo curtindo a pegada você quiser algumas diferentes, Unrest oferece algumas canções mais rapidinhas, como a sequência Aged Deadbeat e Jaunt Ends, Free Fate, ou com um pouco mais de peso, por exemplo Out of Sight e Ecstatic Pleasures – que encerra o disco com uma música escondida levada no violão, violino e percussão da meia lua.

Ter uma coesão tão exacerbada no primeiro álbum pode ajudar o trio a firmar sua identidade, só corre o risco deles serem lembrados não pela qualidade do seu som, mas justamente pela sensação de “mesmice” que alguns podem ter ao experimentar Unrest.

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BOM PARA QUEM OUVE: Tribes, The Maccabees, Câmera

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.