O Terno – Auditório Ibirapuera, SP

Show de estreia do novo disco mostrou o quanto ouviremos estas músicas nos próximos tempos

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Fotos: Rogério Vieira/Auditório Ibirapuera
Nota: 4.0

Casa lotada para ver em primeira mão como ficam as canções do disco O Terno no palco. Antes das cortinas se abrirem, alguns vários fãs desistiram de seus assentos e preferiram montar guarda ali bem em frente ao palco, nos lembrando que Rock não foi feito para ser visto sentadinho. Quando o show começou, pouco importava sua posição, porque o espetáculo ali naquela uma hora e pouco de música foi ora envolvente e ora impressionante, mas sempre divertido como o som do trio.

O Terno começou a apresentação com O Cinza, também a primeira música que ouvimos do disco. Sem nenhum músico convidado, os três ocuparam o grande palco mostrando bastante entrosamento, enquanto Tim Bernardes se revezava entre guitarra, sintetizador e piano – uma dúvida que eu tinha ao ouvir o disco.

O som ficou mais cru do que no álbum sim, mas não deve em nada ao registro e todos mostraram o quanto aprovaram as novas músicas nas duas versões, ao vivo e gravada. Eu Vou Ter Saudades de Você e Ai, Ai, Como Eu Me Iludo, além da música de abertura, foram as mais comemoradas (e devidamente acompanhadas em coro) pelo público logo em seus primeiros acordes.

Teve ainda um mash up de Harmonium (do EP anterior) e Quando Estamos Dormindo, e Tic Tac ganhou trechos de Eu Não Preciso de Ninguém. Além dessa última, o álbum de estreia foi mencionado com Morto e 66, e Tom Zé foi lembrado logo no início da noite com Papa Francisco, Perdoa Tom Zé, de Tribunal do Feicibuqui.

Mas a estrela dos olhos da banda eram as filhas caçulas, essas novidades que, em uma semana, já consideramos pacas, como Medo do Medo, Eu Confesso e Desaparecido. Deu pra sentir melhor a longevidade que o álbum vai ter e quantos shows ainda vamos querer ver do disco. Muitos, tenha certeza.

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ARTISTA: O Terno

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.