Mahmundi + Céu – Museu da Imagem e Som, SP

Apresentações de bom gosto e assertivas mantém público entretido pelo cair da noite

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Fotos: Fernando Galassi/Monkeybuzz
Nota: 4.0

Engana-se quem achava que o cair da tarde desse sábado seria ambientado pela preguiça. Ao menos no do Museu da Imagem e Som, os ingressos para os shows de Mahmundi e Céu estavam esgotados, além do grande público espalhado pelo local, que também ocupavam espaço por ali pela famigerada exposição de David Bowie.O evento que concentrava o mote de revelar boas bandas e talentosos diretores de clipe ainda desconhecidos veio em ritmo calmo e aconchegante, mas sem atrasos.

Sem demora, a carioca Mahmundi adentrou o palco, desta vez devidamente recebida em um local que pudesse apresentar seu show para um público interessado, diferente de sua última passagem pela capital paulista. Marcela Vale vem mostrado grande evolução e dedicação a seu projeto desde que cobrimos uma de suas primeiras visitas lá em 2012: Se antes a timidez e os vocais eram mais ralos, agora a cantora mostra um melhor trabalho de seus timbres e uma fluidez melhor em suas canções. Finalmente, o repertório do EP Setembro alastrou-se pela apresentação e os paulistas puderam ter um contato maior com doces faixas como Arpoador e Leve.

As responsabilidades vieram com a propagação de seu bom som: Desde o relevante prêmio de 2013 com o single Calor do Amor, Vale apenas cresce, sendo agora parte do catálogo francês do selo AbatJour Records e o recente convite para festivais fora do Brasil ao lado de bons nomes internacionais. Agora acompanhada de uma banda nova, os sons de Marcela ganham mais corpo e adeptos que foram ali para ver Céu, mas cochichavam positivamente entre si, mostrando boa resposta a apresentação que ainda trouxe canções do primeiro disco, Efeito das Cores, com Quase Sempre e a já falada, Calor do Amor.

Apesar de ser a atração principal da primeira sessão do dia, a cantora Céu acabou optando por uma versão reduzida e mais tímida de seu real show. Sempre sorridente, a jovem entrou e sentou-se num banquinho envolta por uma estola chamativa e cheia de pelos, e por ali ficou: A apresentação de Maria do Céu foi uma versão acústica de seu sensual repertório em grande parte recheado por canções do disco Caravana Sereia Bloom.

Embora o DJ da moça fizesse falta em dados momentos, assim como os pés com chinelo e a malemolência em palco, toda a presença e técnica vocal estavam bem ali, como sempre, tirando palmas e gritinhos do público que acompanhava junto canções como Vagarosa, Amor de Antigos, Malemolência e Concrete Jungle. O show ainda teve uma homenagem a Bob Marley com a versão de Catch a Fire, música que dá nome ao disco de Bob e também aos shows-tributo que Maria vem feito pelo Brasil com o tal repertório do pai do Reggae. A noite encerrou com bom saldo e de maneira tranquilapara quem resolveu gastar (e bem) sua “tarde-noite” ouvindo bons sons pelo Museu paulistano.

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ARTISTA: Céu, Mahmundi
MARCADORES: Show

Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.